Colapso

Aos poucos foi crescendo

Aquele amor no coração

Uma alma que sorria

Apesar da noite fria

Não se deixava envolver na ilusão.

Sentia-se como um pássaro

Livre no horizonte a voar

Não temia a escuridão

Nem mesmo a solidão

Que insistia nele habitar.

Na manhã gélida do tempo

Antes mesmo do sol nascer

Viu seu mundo desabar

Sentiu vontade chorar

E, por um instante, viu morrer.

Um colapso muito grande

Sentiu na sua alma

Deixou-se voar no pensamento

Ser levado pelo vento

Até as alturas e sentiu calma.

Soube, então, que haveria

Sempre um novo amanhecer

Não poderia ficar prostrado

Para sempre ali deitado

Pois, a vida é para viver.

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense