Pelado, pelado, nu com a mão no bolso

Ia pela rua, numa bela noite de luar.

Ia, descontraída, segura, sem nada pensar.

Ia descontente com as contas a pagar,

Ia em frente sem ao longe olhar.

Ia sem pensar

Nas mazelas lá de frente ao mar,

Ia sem pensar na pobreza da Favela,

Ou da Marielas a matar,

Ia, assim, sem retornar

O pensamento que cansado de sonhar,

Parou, pensou,

E sem pestanejar,

De um salto sutil e a ventar

Foram-se calças e blusas pelo ar

Pronto

A roupa deixou de embalar

O corpo cansado de sonhar.

Silvinhapoeta
Enviado por Silvinhapoeta em 20/03/2018
Código do texto: T6285913
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