DISSABOR
Há de ter coragem para partir
Deixar partir,não vivenciar no presente Migalhas de alegria e pouca poesia
Como se fora a maneira de acariciar
A alma anestesiada querendo sorrir
E, o destino das horas alimenta a dor
Sem um naco de esperança
No capricho do tempo
Implacável, ferino e traiçoeiro
Dissabor sente sua língua
Ao provar do veneno penetrante
Das mágoas guardadas e intolerâncias
Desceu mais um degrau
Aninhou-se no cinza
Fez dele sua morada
Apaziguada queria ser
Por um amor que não a fizesse perecer
Por uma eternidade de bondade
No equilíbrio da jornada
Sentiu-se só, calafrios eram sua companhia Fechara-se ao amor, por enquanto
No recanto silencioso do ser!