DISSABOR

Há de ter coragem para partir

Deixar partir,não vivenciar no presente Migalhas de alegria e pouca poesia

Como se fora a maneira de acariciar

A alma anestesiada querendo sorrir

E, o destino das horas alimenta a dor

Sem um naco de esperança

No capricho do tempo

Implacável, ferino e traiçoeiro

Dissabor sente sua língua

Ao provar do veneno penetrante

Das mágoas guardadas e intolerâncias

Desceu mais um degrau

Aninhou-se no cinza

Fez dele sua morada

Apaziguada queria ser

Por um amor que não a fizesse perecer

Por uma eternidade de bondade

No equilíbrio da jornada

Sentiu-se só, calafrios eram sua companhia Fechara-se ao amor, por enquanto

No recanto silencioso do ser!

Patrícia Pinna
Enviado por Patrícia Pinna em 20/03/2018
Código do texto: T6285396
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