Minha realidade...
Pesa o peso
De todo desencanto
Somado no mundo...
Arrasto-me miseravelmente
Entre tormentos e solidão...
Em mim não há apoio,
E nada há, que eu possa me apoiar...
Meu corpo vive de matar!
(Embora o ego possa dirfarçar)
E a alma, creio que não há 
Nunca encontrei fundamentos
Pra vida justificar...
Retem-me a este processo,
Unicamente  o instinto...
Da análise racional
Que fiz do observador,
Obtive náuseas e repulsas
A me calar o ânimo,
E me aceitar em tal fardo...   
Estou cançado desta mentira absurda!
Estou cançado de mentir pra mim!
Que Deus? se não o homem?
Não medindo consequências,
Nesta ânsia de sonhar
Avançando sôfrego
No terreno escuro do instinto
Tropeçando cegamente
Ns armadilhas das ilusôes
Sou apenas mais um
Em profundo labirinto
Jogando, o aparentente,
Eterno jogo da vida
Entretendo-se no tempo,
Sem querer parar
Sou apenas mais um
Nesta engrenagem cega e cósmica
Feita no equilibrio de se devorar
Oh não
Oh não
Quero me dar a força de escapar...
Quero ir,
Aonde o pensamento,
Não possa alcançar...
Quero ser a antimatéria,
Que não voltará a se manifestar
Quero estar em uma dimensão,
Em que tempo e espaço não existem
E me fazer quietude permanente

Cesar Machado Sema
18-03-2018
Cesar Machado Sema
Enviado por Cesar Machado Sema em 18/03/2018
Reeditado em 18/03/2018
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