Abandonar-te
Eu preciso abandonar-te.
Não pelos seus Demônios.
Eu os absolveria tranquilamente.
Seus medos,
tristezas,
e desilusões.
Não me assustam.
Te tornam um ser único pra mim.
Por mais que eu tente,
não pertencerei a ti.
Tu jamais deixaria
que eu te amasse.
Que afagasse tuas lamúrias.
Porque você está dominado.
Fadado a viver nas trevas,
dela.
Por ela.
Pra ela.
Sem ela. Porque ela não voltará.
Eu preciso abandonar-te por isso.
Pois não aguento te ver sofrer,
sem poder te ter,
te proteger,
dessa dor maldita, que te fere.
Abandonar-te porque Não aguento
Não ser ela,
Não existir pra ti,
Não fazer tudo acabar.
Pela primeira vez na vida,
a raiva me consome.
Raiva de mim.
Do meu bobo amor.
Das idiotas tentativas que faço.
Por hora vou abandonar-te,
para tentar me recuperar
desse louco sentimento.