Tropeços

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Tropeços

Colho o coágulo do tempo.

Caolho,

esbarro nos medos da noite.

O vento sopra,

sobressaltando minha solidão,

inspirando declarações de amor.

Arestas trapezoidais.

O que resta da noite,

penumbra de gritos e soluços,

é açoite para meu corpo.

Castro o casto desejo.

Teu corpo, que não vejo,

deve desfilar entre a sala e a cama...

Sem tropeços,

noutros braços cairás

- O braço do sono, talvez.

Traços medievais.

És a feminilidade estéril

da distância que sangra

- Arrancando ilusões.

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 27 de fevereiro de 2018.

01h33min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 27/02/2018
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