Cansado deste tempo
Certo da incerteza,
Deste tempo em decadência,
Inspirado, sem motivo,
Decaído de espírito,
Acabrunhado e indeciso,
Não sobre a vida,
Nem a morte
Tanto por serem, um só,
Em um tempo que se confunde,
Onde a morte é certeza de vida.
Pode até parecer,
Um sossego imenso,
Mas não me perco,
Não me entrego,
E nem pereço,
E hoje acordei tão cedo,
Com uma vontade e um desejo,de ter uma vida,
Cega e branda,
Como a do tempo,
Em que eu era criança.
Para recordar, o sorriso no olhar,
Para viver sem medo de amar,
Para descobrir, nos desejos da alma,
A verdade insólita de viver,
Por amor, por prazer...