LUCIDEZ

Em minha lucidez procurei ser abrigo.

Ir, e construir algo novo contigo.

Superar os amargos segundos,

Da volta ao mundo.

Sair sem pressa,

Viver com rumo.

Procurei o sentido de tudo,

Confesso que fiquei mais confuso.

E, com tudo seguindo, eu fui,

Não sei o que senti.

Sei que não te encontrei.

Então andei,

E falando ao vento, eu fui.

E esquecendo os sentimentos, eu fui.

Tive que esquecer tudo.

Não me dei o luxo,

De ter memórias alheias;

Memórias que não me pertencem.

Eu fui,

Sem saber,

Sem ver,

Sem querer,

Me enganei.

Minha lucidez jamais verei.

Era apenas mais um delírio,

Que os amadores têm.

Ronaldo Crispim
Enviado por Ronaldo Crispim em 15/02/2018
Reeditado em 04/01/2020
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