Céu Escarlate
No céu escarlate
as plumas sopram-se-nas
Para longe das marés afogadas
esmagando o olho lacrimejante
nas rochas salgadas
brumoso cintilante no farol alagado
onde a alma vaga
de mim afastado
nos ventos que afogam os pulmões,
nos amores pulsando corações
Resistindo a anedota criminosa
do orvalho onde a natureza chora enganosa
quebrado neste mundo
como deverás criança eterna
sentada no colo da morte
devendo em si a orar pela própria sorte
inércia da respiração que diz adeus
aos seus olhos desaparecerem
de forma como aviso de premonição
derretido no salgado choro da ilusão
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