Poema sem nome

A Gente mente

Sente quanta diferença faz

Crer ou não

Mentira

É mentir pra só pra si

Somente o tempo sabe a resposta

Mas o coração

Definitivamente

Não tá mais disposto

Ele tenta

O relógio é mais forte

Falso dia, modorrento

Eu tento ouvir a voz de Deus

Descalço e louco

Ouço o vento

Coração batendo fraco

A cada dia mais lento

Eu vejo chover ao Sol

Mas não chove

Essa tempestade somente

Se move aqui dentro de mim

Um dia

A amizade com a alegria

Aquela de viver

Se rompe

O coração grita baixinho

Mas o som da chuva não deixa

Tudo se fecha

Não há vaga

Vagas lembranças de que um dia

A gente podia confiar

Mas o coração

Mentindo pra gente

Não quer crêr

Então ele inventa

Pra fugir do que quer

Tentando ser ouvido

E faz a força

De querer não crêr

Desista

Coração egoísta

Carente de paz

Nada mais é pra sempre

Pra sempre agora

O coração chora em silêncio

Quando percebe

Que pra sempre

Nunca mais.

Edson Ricardo Paiva.