Pesadelo
Você veio assim de repente,
Como o príncipe encantado dos meus sonhos...
Eu, quase uma menina ainda,
Acreditei nas suas promessas
De fazer de mim sua princesa.
Mas vi meu castelo ruir,
E meus sonhos de repente,
Transformarem-se em pesadelos.
Fui trancafiada na torre mais solitária,
Onde nem janelas havia
Para eu lançar meus cabelos.
No espelho, nem a sombra da menina,
Que atravessou a soleira cheia de sonhos
E se viu prisioneira dos seus ciúmes.
No meu corpo doem as cicatrizes que fizestes,
Mas dói ainda mais a minha alma silenciosa,
Com os desenganos da inocência traidora
Que matou a menina sonhadora
E deixou esse retalho humano,
Refém nas mãos de um frio cafajeste.