#04 - Do amor a queda
Ossos quebrados e contáveis cicatrizes
Resquício do que um dia fora aclamado como sentimento de amor
Eis que a construção disto também tem por sua forma limites
Estes foram estabelecidos
Estes foram quebrados e então dado seu regresso
Como pode cobrar o que um dia, foi aclamado sozinho
Eis o ponto
O erro por si é humano
O perdão também é
Eis que a linha tênue entre os dois não passara em sua cabeça
Unicamente o certo
O certo é como fato e eliminaria o erro e perdão
Eis que me coloca na posição de juiz diante seu erro
Sua rebeldia diante do que não deveria ser ultrapassado
Coloca-me como juiz ou eis a consequência que deva assumir
Saiba, queria que tudo fosse diferente
Mas não é
Julgar ou perdoar, prefiro abster-me
Isso é o certo
Pois agora entendo que não a limites ou sentimento que impeça
Que faça o que queira fazer
O que era embaçado, se tem clareza
Não procuro mais entender e tento ser pragmático
E entendo então corações que se tornam platônicos
Corações que eram completos e se tornam fragmentados
Corações que são metade do que um dia era completo
Um novo molde, uma nova pessoa
E quem éramos não somos mais
Pois fechamos os olhos para o que nos feriu e seguimos em frente
O novo é inevitável e então aprendemos caminhar sozinhos
Sem juízo, sem erro ou perdão