#04 - Do amor a queda

Ossos quebrados e contáveis cicatrizes

Resquício do que um dia fora aclamado como sentimento de amor

Eis que a construção disto também tem por sua forma limites

Estes foram estabelecidos

Estes foram quebrados e então dado seu regresso

Como pode cobrar o que um dia, foi aclamado sozinho

Eis o ponto

O erro por si é humano

O perdão também é

Eis que a linha tênue entre os dois não passara em sua cabeça

Unicamente o certo

O certo é como fato e eliminaria o erro e perdão

Eis que me coloca na posição de juiz diante seu erro

Sua rebeldia diante do que não deveria ser ultrapassado

Coloca-me como juiz ou eis a consequência que deva assumir

Saiba, queria que tudo fosse diferente

Mas não é

Julgar ou perdoar, prefiro abster-me

Isso é o certo

Pois agora entendo que não a limites ou sentimento que impeça

Que faça o que queira fazer

O que era embaçado, se tem clareza

Não procuro mais entender e tento ser pragmático

E entendo então corações que se tornam platônicos

Corações que eram completos e se tornam fragmentados

Corações que são metade do que um dia era completo

Um novo molde, uma nova pessoa

E quem éramos não somos mais

Pois fechamos os olhos para o que nos feriu e seguimos em frente

O novo é inevitável e então aprendemos caminhar sozinhos

Sem juízo, sem erro ou perdão

Diego S Gomes
Enviado por Diego S Gomes em 15/01/2018
Reeditado em 15/01/2018
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