"Aline"

"Hoje, me recordo do nada,

Dos tempos de pegar estrada

Nos tempos da faculdade...

Relembrei assim o nome dela,

Aline, como era bela!

Levou-me a felicidade.

Amigos, éramos muito!

Pois viajávamos juntos,

Sentados assim, lado a lado...

Eu não compreendia a tal "riqueza",

E em minha "pobreza", era eu um pobre-coitado!

Lembro-me dela a sorrir,

De meu peito sacudir,

Em minha imaturidade.

Mal sabia do todo,

Que dores acumuladas,

Matam a felicidade.

Às vezes, Aline dormia...

E em meu ombro se apoiava,

Segurando minha mão.

E eu, fui me Apaixonando,

Tal poeta, me encantando.

Num poço de ilusão...

Dormia também ao seu lado,

Quanto tempo passado,

Acordados num sorriso?

Hoje compreendo a verdade,

Mas em minha ingenuidade,

As portas do paraíso!

Sonhava em tê-la comigo,

Não mais assim como amigo...

Sonhava com os beijos dela.

Dançando pelo corredor...

...do ônibus o vetor da mais bela passarela.

"Whem We Dance” do Police, à tocar...

Talvez, até pernoitar,

No "Íbis" ou no hotel "Transamérica"...

Passávamos pelo Campolim,

Sorocaba era assim!

Sonhos meus para com ela...

Apostei tudo que tinha.

Declarei o meu amor

Com toda a felicidade!

Mas cruel, fui esnobado,

E senti ter trocado, por ela, a sanidade...

O quê eu tinha de errado?

Era um garoto calado,

De nada compreendia...

Queria ela ser livre...

Tanto, queria eu tê-la até mesmo, para provar que podia.

Lembro-me de seus lábios,

Bonitos assim, próximos aos meus...

...na inocência do sono,

Eu sim era o único dono,

Dos beijos que jamais foram meus".

(Sorocaba - Junho. 2015)

Tony Alma
Enviado por Tony Alma em 14/01/2018
Código do texto: T6226120
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