Limites

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Limites

Quando o silêncio

gritar dentro de mim;

o calor do ressentimento

congelar meu coração.

Não diga que mudei.

Não pergunte o porquê.

Quando a ausência

não representar angústia;

o diálogo se dissipar,

restando a incompreensão.

Não diga que fugi.

Não me condene.

Quando eu partir,

um dia partirei, sinto.

Lamentarei a morte antecipada,

a celeridade do adeus.

Choro cada beijo perdido...

E cada lágrima que provoquei.

Quando eu partir

- Na dimensão corpórea -

saiba que te amei, sempre,

desde o primeiro olhar.

E que levarei para o túmulo

o teu fio de cabelo

que cravei no coração.

A vida nos impôs limites.

Os medos, sufocaram a paciência.

Esperar não faz mais sentido.

Matamos e morremos.

Sobreviveremos, também,

se descobrirmos

que vale a pena tentar.

Então, por que o medo?

- Não sei. Perdão!

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 8 de janeiro de 2018.

01h21min

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[8/1 02:10] 🇧🇷 NiArPin 🇧🇷: .:.

Andorinhas

O meu verbo é o meu verso.

Meu cartão postal tem seriedade.

Falo tão sério,

em relação a nós dois,

que minha pele branca arde!

Não gosto de sorrisos.

Gosto de beijo na boca

- Do teu toque voraz!

Não sou nenhuma caricatura,

nenhum retrato retocado.

Tenho temperos

- Todos os que sei que buscas.

A saliva ardente.

A curva quente, o teu porão.

A água por onde deslizarás.

Queres velejar em mim?

Sentes meu corpo

- Descobre onde há tormentas!

Quero guerrear todos os dias

- Mesmo nas épocas sangrentas.

O sangue esquenta, deixa a pele sensível,

o corpo carente demais.

Vem, estou pronta

- Meu entreposto, meu cais.

Crato-CE, 8 de janeiro de 2018.

02h07min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 08/01/2018
Código do texto: T6220021
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