Poesia Sem Vida.
A meta
É viver a vida
Mas o tempo não corre
Em linha reta
O tempo nos mata
Mas a gente não morre
O Mote
É fazer tudo isso
Em linha corrida
Mas o compromisso
Dessa vida que corre, em favor do tempo
No final
Essa vida é uma espécie de homicida
De mim
Como se Eu fosse
o único Eu que existo
Em mim mesmo e no Universo
Sui generis suicida
A fazer versos
Que falam da vida que me mata
E do tempo corrente
Que corre atrás de mim,
Jamais esse tempo se cansa
E mais e mais me alcança
Me passa e vai embora
Eu choro essa vida sem graça
Que vai me matando de hora em hora
Na dor de tirar-me o ar
No charme de encontrar-me distraído
Bater-me nas costas
E correr igual criança
Que me mata sem matar
Enquanto convida a viver
Sem vida.
Edson Ricardo Paiva