Não sei porque senti saudades!!

Talvez o tédio que essa vida me traz

Seja esse rumor de abandono

Quando te busco, e não te encontro.

Vivo demasiadamente soterrada num vazio

De abandono, onde intriga-me a vida

A me sentenciar tamanha sorte

Nesse mundo em vão

Se morresse agora, não teria nada a lamentar

Pois todas as lágrimas que derramei

Ficaram pra sempre marcadas

Em cada noite naufragada no meu viver.

Um dia sorri com a canção,

Amei com o teu olhar,

Beijei pensando em você.

Nada mais a mim, me importa

Lembrar ou esquecer

O quadro não vai mudar.

Então, basta-me a sorte, onde me

Felicito no vazio do nada...

 

 

Obrigada Poeta Carica, muito me honra sua visita aqui no meu humilde cantinho!

 

ESTIGMA

 

Pela emoção o espírito confirma,

Nos acontecimentos desse plano,

As dolorosas perdições no oceano

Como um vale de lágrimas reafirma!

 

Ao se avistar a luz que vem de cima,

A iluminar, no todo, o ser humano;

Não faça desse mar o seu tirano

Como um algoz que isola e que confina!

 

E no naufrágio vem o salvamento

De quem saiu do mar do sofrimento

Fitando o azul escuro feito enigma...

 

... E eliminando as marcas do passado,

O coração, destarte, descansado,

Vigie para não ser um estigma!

 

Poeta Carioca, 20-12-17