a injustiça é uma mulher ingrata

há surdas coisas amarelecidas pelo vai-vem

descontrolado do velho

que segura o tempo,

enrolam-se pequenas distrofias mal explicadas,

conseguidas apenas

com o azular do amanhecer que se

impõe nas esquinas poeirentas destes países

que saem à rua na aldeia,

queremos revoluções,

pintam-se paredes pedindo

evoluires fáceis de digerir e

com pão na mesa para todos,

há o falar fácil do velho

jovem que cativa os descontentes,

'a injustiça é uma mulher ingrata',

gritado dá para que se aplauda

à espera que a chuva comece a embalar a terra que já

nem chorar consegue....

rodinhas
Enviado por rodinhas em 07/12/2017
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