a injustiça é uma mulher ingrata
há surdas coisas amarelecidas pelo vai-vem
descontrolado do velho
que segura o tempo,
enrolam-se pequenas distrofias mal explicadas,
conseguidas apenas
com o azular do amanhecer que se
impõe nas esquinas poeirentas destes países
que saem à rua na aldeia,
queremos revoluções,
pintam-se paredes pedindo
evoluires fáceis de digerir e
com pão na mesa para todos,
há o falar fácil do velho
jovem que cativa os descontentes,
'a injustiça é uma mulher ingrata',
gritado dá para que se aplauda
à espera que a chuva comece a embalar a terra que já
nem chorar consegue....