ÁGUA BENTA
Por Sandra Fayad
Água benta que das nuvens desce
Lava! Lava minha memória insana
Limpa! Limpa esse desejo incômodo
Arrasta na tua enxurrada essa casca de banana
Caiu no meu caminho à toa
sem que meu coração desejasse.
 
Agora que tu chegaste posso ir.
E vou. Conto os dias para o desenlace
Deixo o picadeiro e a última lágrima de palhaço.
O tempo não é mais de rir. É de sorrir.
Vou secar a dor por essa morte inevitável
sem classe. Com classe!
Mas voltarei para abraçar-te
enquanto o cerrado for habitável
e eu puder contar em versos
que tu és meu baluarte.
Bsb, 10-11-2017
Sandra Fayad Bsb
Enviado por Sandra Fayad Bsb em 11/11/2017
Reeditado em 11/11/2017
Código do texto: T6168381
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