Melancolia perto da promissão
Doente em casa, lembro-me um dia da esperança...
um dia dourado como uma ave de rapina
mergulhando no céu da água
procurando energia, vitalidade.
Mas hoje só tenho um dia talvez parado,
um dia de floresta negra, com horas duras,
um dia desesperado, um silêncio preservado
desde ano trazado, tudo no meu terreno não presente.
Tudo foi lorota, não havia espaço para crescer
na promessa de outrem,
preciso ser o homem que ontem esperava-me
e assim continuar a jornada, recuperar
o sangue derramado no rio e no leito
pelo coração abatido, resistente e confiante.