Não sei se por uma razão...
Ou se puramente por um acaso...
Vim ao mundo fraco e despreparado
Nunca houve em mim a convicção do forte,
Que luta abertamente por seus fundamentos e prioridades
Como se de antemão, eu soubesse da inutilidade de qualquer resultado
Me auto condenei ao fracasso
Sempre e por isso...
Permaneci com dúvidas de todos os fatos
Deus sempre me pareceu absurdo e distanciado
E sobre pontos de vista,
Relutei em dar como certo ou errado
Entendi-os como olhares de anglos variados,
Sem a sutileza das circunstâncias dos fatos
Sinto um peso esmagador,,, De quem se espera e fracassa
Falhei!
Falhei em tudo!
Como realidade falhei!
Como sonhador também sou falho!
Seguro-me como quem ao menos cumpre um destino( se há um destino)
Vivo de falsos equilíbrios mentais( nisso talvez me haja um crédito)
Mas que vida?
Entre o medo de vivê-la,
Entre a estranhesa de pertencê-la
Entre sonhos que nunca atingem
Entre a impotência de reter em mim,
A lógica da criação
Nunca houve um dia em que...
Eu lutasse com coragem,
Que eu me sentisse dono de qualquer razão
Sempre, e Antes disso, fui covarde inseguro
Fui constante, e isto sim, em sonhos incontrolados de dispersão.
E estranhamente e absurdamente, toda essa dispersão...
No seu âmago, num além tempo, convergia tudo ao centro
Como filho fracassei!
Como pai fracassei!
Como esposo também fracassei!
E por fim.... Perante a mim,
Recai o peso do fracasso!
E me vem dia a dia,
Uma aguda dúvida que não dou cabo,.
Se tudo foi expontâneo ao acaso,
Ou se tudo foi programado
Se a culpa que carrego, é força ou fardo
Dizem que viver ultrapassa qualquer entendimento
Desta maneira vou vivendo...
Sem me sentir eterno,
Sem acreditar no momento.
Cesar Machado Sema