VIDA SEM ESPERANÇA
Agitam-se as folhas das árvores,
Sacudidas pelo vento,
Caiem no chão, desamparadas,
Privadas do seu sustento.
Tal como as folhas, eu estremeço,
Do receio que me toma,
Pelo que é tão adverso,
Por a vida perder a forma.
Perde-se o gosto pelo que a vida
Me oferece, sem perdão,
Caio desamparado no chão,
Por uma esperança perdida.
As chamas ateadas, queimam tanto,
Que choro lágrimas de pranto,
Por não as conseguir apagar,
Tortura esta não poder ajudar.
Fenecem árvores e muitas vidas,
Tudo se transforma em nada,
Restam imagens doridas,
Duma vida tão sacrificada.
Ruy Serrano - 20.10.2017