Dói demais...
Pensar em te esqueçer...
Doi demais...
Te amar sem esperanças...
Tento me dizer que é ilusão...
Que o meu coração...
É só um sem vergonha...
Que nada é verdadeiro...
Que nada restará noutro verão...
Vou contradizendo sentimentos...
Vou ficando cheio de remendos...
Tudo derepente está tão claro...
Tudo derrepente está nublado...
Te amo! te esqueço! enlouqueço!
Viajo em círculos...
Nesse obstinado sentimento...
Num segundo é ternura...
Noutro é desassossego...
Incerto, renego!
Amo e odeio!
Fujo e me entrego!
Morro e renasço!
Tudo longe dos teus braços!
Vivendo só e alucinado!
Tudo porque mergulhei um dia...
No mar enigmático dos teus olhos...
E foi irrevogável!
Cesar Machado Sema