UM DIA

Um dia o tempo para,

o Cronos se aquieta.

A coluna estala,

o rio sobe a Serra.

Quem dera!

Um dia não será proibido,

nem haverá libido.

O prazer será lembrança,

e a promessa...

esperança!

Um dia, os trêmulos lumes,

veiga de alfazema, perfumes.

Os férvidos beijos negados,

na terra dos desencantos

serão prantos...

guardados.

Um dia, a luz da alvorada,

aurora, no céu todo azul.

Escurece e se apaga.

E assim, o fio de prata

e a brisa do sul!

Um dia, então,

reacenderá a vela

e a trova singela,

do seu coração.

Kleber Versares
Enviado por Kleber Versares em 14/10/2017
Código do texto: T6142062
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