Caneta Vazia

Pois sim eu aceito este fardo, este fato. Que tu...

Tu me abandonaste. Sim é claro, pois não ficarias comigo.

É claro! Para sempre ao meu lado...

Comigo criando e concretizando realidades fictícias,

É claro que não! Pois eu quem te usei, te prendi em meus dedos,

Eu que te obriguei a comigo ficar, tomei toda a tua força,

Toda a tua tinta, Te sequei até a última gota! E claro,

Morta e inútil agora está...

Claro que irias me deixar e tornar-se substituível.

Pois tu és uma caneta! Minha caneta, e agora nada mais...

(12/02/16)

Júlia Trevas
Enviado por Júlia Trevas em 23/09/2017
Código do texto: T6122644
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.