A MORTE DO POETA.
Hoje quero apenas a solidão,
Embriagar-me no cálice da dor,
E gritar de amor,
No silêncio vermelho de meus olhos.
Hoje eu quero essa solidão,
Eu desejo em mim,
Me corroendo por dentro,
Me desfalecendo aos poucos.
Que sejam essas,
Minhas últimas palavras poéticas,
Que nenhum mortal,
Leia outro verso meu,
Este poeta hoje morreu para o mundo,
E talvez ele nasça para si mesmo.
Que sejam esses,
Meus derradeiros versos,
A quem devoto tanto amor,
Que os olhos dela,
Jamais vejam outro poema meu,
Hoje é a morte desse poeta,
Talvez ele renasça para si mesmo.