O vento sopra,
Leva-me vencido e sem direção
Sem forças,
Sem  decisão
Estou à deriva...
Estou à deriva...
Vou sangrando mortalmente
Vendo estrelas brilharem tão distantes,
Na noite mais profunda do meu ser.
Na impotência de jamais saber,
Na incoerência da vontade de não ser
Estou à deriva...
Na loucura do espaço,
Corpos frios flutuam ao meu lado
Gritos mudos, amordaçados
Gotas de amor se desprendem de mim
Que de olhos amedrontados,
À deriva sou levado

Cesar Machado Sema


 

 
Cesar Machado Sema
Enviado por Cesar Machado Sema em 13/09/2017
Reeditado em 13/09/2017
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