Beber sem razão
Cala a cidade
Já é madrugada
E na escuridão
Tropeço em um corpo
Pelo o chão acolhido
Com um copo na mão
Bêbado inerte
Que da vida consegue
Ser apenas exclusão
E o vício o domina
Perdeu o capricho
Da retidão
Desonra a família
Os amigos se vão
E ele envolto
Da culpa que assola
Maldiz-se toda hora
Que não merece perdão
E que o seu destino
É ser peregrino
E beber sem razão