Desilusões que maltratam
Como é triste viver sem ilusão,
Na certeza de que tudo está desfeito
No refúgio vivendo a solidão
Pelas mágoas que macaram o meu peito
Doloridas feridas que maltratam
Este frágil e ferido coração.
São muitas as minhas decepções
A tristeza, a dor, os sofrimentos
Vão aos poucos marcando as emoções
Fragilizando assim meus pensamentos
Que registram as minhas desilusões
Não sabia que podia doer tanto,
Tanto assim a tua ingratidão,
Minhas lágrimas todas como pranto
São cicatrizes, feridas do coração
Para mim tristeza e desencanto
Hoje posso dizer nada mereces,
Para mim és símbolo de traição,
Convardia, por tudo que esqueces
Pelo bem que te fiz de coração
E que hoje não o reconheces.
Tudo isso me deixa magoado
Entrestecido pela tua ingratidão
Hoje, frágil velho já cansado
Recolhido na minha solidão,
Desiludido, vou vivendo magoado.
Blopes