Imaginava com fé o fim das manhãs
Imaginava com fé
O fim das manhãs
Queimando em brasas,
Expostas à eternidade
Com fervor,
Que só se compara
Ao devir imaginário
Do sol.
Caíam com perigo moral
De um abismo
Que esquecia seu papel tempo afora
E reencontrava o vento
Das tardes na áurea
Vertiginosa da paciência,
Cuja presença
Fazia o testemunho
Sucumbir perante o céu
Da sagrada desordem
Do meu êxtase pagão.
16/08/07