Vidas perdidas

Vidas...

Que são perdidas...

Na ilusão,

Que anda na contramão.

Liberdade...

Esta é apenas uma expressão.

Corpos vagueiam feitos andarilhos.

E aí daquele que sair dos trilhos,

Como castigo tem a sua ceifada de encontro à parede.

São almas que perambulam...

Indivíduos usados como objetos,

Olhos atentos para o inimigo logo ali por perto.

Como porcos na lama se chafurdam...

Na espera que haja um novo amanhã.

Aquele que, às vezes, nunca vem.

E embora vão as esperanças, perecem.

E num lampejo, dão-se conta do que fizeram,

Em um pequeno instante de mente sã.

Vidas perdidas...

Na labuta desgastante.

Dias sombrios...

Como não pensaram nisto antes?

Com passado...

No presente...

Um futuro incerto.

O que fazer para reverter esta situação?

Corpos marcados...

Sonhos perdidos...

Pela violência mutilados.

Mas como dar o primeiro passo

E sair desse ciclo vicioso sem perder o compasso?

Então, vivem em seu efeito dominó,

Apertando mais e mais este nó.

Toda escolha tem a sua consequência...

E atinge quem não tem nada a ver com esta frequência.

Pelas estradas seguimos em plena sociedade...

Travestidos de zumbis... Pés descalços pela lamentação.

Nada mais de nos iludir, nada mais de menção,

Quem deveria proteger, torna-se o algoz.

Quem foi que aprendeu a dividir, diz-me a verdade,

A paz é somente uma quimera no sonho atroz.

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 29/08/2017
Reeditado em 09/12/2020
Código do texto: T6098837
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