Vidas perdidas
Vidas...
Que são perdidas...
Na ilusão,
Que anda na contramão.
Liberdade...
Esta é apenas uma expressão.
Corpos vagueiam feitos andarilhos.
E aí daquele que sair dos trilhos,
Como castigo tem a sua ceifada de encontro à parede.
São almas que perambulam...
Indivíduos usados como objetos,
Olhos atentos para o inimigo logo ali por perto.
Como porcos na lama se chafurdam...
Na espera que haja um novo amanhã.
Aquele que, às vezes, nunca vem.
E embora vão as esperanças, perecem.
E num lampejo, dão-se conta do que fizeram,
Em um pequeno instante de mente sã.
Vidas perdidas...
Na labuta desgastante.
Dias sombrios...
Como não pensaram nisto antes?
Com passado...
No presente...
Um futuro incerto.
O que fazer para reverter esta situação?
Corpos marcados...
Sonhos perdidos...
Pela violência mutilados.
Mas como dar o primeiro passo
E sair desse ciclo vicioso sem perder o compasso?
Então, vivem em seu efeito dominó,
Apertando mais e mais este nó.
Toda escolha tem a sua consequência...
E atinge quem não tem nada a ver com esta frequência.
Pelas estradas seguimos em plena sociedade...
Travestidos de zumbis... Pés descalços pela lamentação.
Nada mais de nos iludir, nada mais de menção,
Quem deveria proteger, torna-se o algoz.
Quem foi que aprendeu a dividir, diz-me a verdade,
A paz é somente uma quimera no sonho atroz.