Espera

Meus olhos gritavam

o que eram súplicas e meus lábios calavam n'um riso farsante... (hã!)

E tu me olhava manso como os desenhos que com dedos manchados fiz na argila no chão que pisavas

Telhas de vidro não quebram sob a luz do sol

mas uma tempestade pode trazer granizo e devastar os sonhos bonitos

Do teu abraço que ficou nas esquinas dos dias que se passavam, lembro-me de meus pés fora do chão, aéreos...

As flores vistas através das janelas pareciam fadas disfarçadas a querer levar-me pra pairar sobre o mar...

E tu não via o quanto eram graciosas e belas lá fora em um jardim, solitárias, a esperar que o amor florescesse!

O inverno chegava na brisa naqueles dias...

Se não olhavas as flores,

se elas nada te diziam,

Por que esperar-te?

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 27/08/2017
Código do texto: T6096930
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.