Errante
Sou errante constante, no vale das sombras amargurado
Com ódio na caneta, e o rancor acumulado
Com dores, fases, angústia, solidão
Caminhando cego, querendo o perdão
Querendo conhecer o amor, a vida, e toda esperança
Que me tiraram em vida, quando ainda era criança
É foda, sempre me pergunto como eu consigo?
Sentir tanta dor e permanecer sorrindo
É loco o bagulho, gela o peito, dói a alma
Descasca os pensamentos numa loucura cinematográfica
Entre fugas de viaturas, correndo com o b.o
Rezando para que meus sonhos, não se tornassem pó
Eu observo em meio a rua, crianças dormindo no chão
Enquanto burgueses filhos da puta, ganham com a corrupção
A gente se contenta, a gente mesmo falha
E depois nós nos matamos, disputando as migalhas