Amargando o veneno
Já venho um tempo no veneno, com todas essas neuroses, largado como o vento, em meio às psicoses, entre drogas e revólveres
Que municiam o meu ódio, o estopim para essa porra, foi algo ilusório.
Condenado pela vida a carregar esses demônios, que sugam minha alma, da mesma forma que os meus sonhos
Não consigo dormir, a noite é um pesadelo
No mar da escuridão, afogado no desespero
E no peito o receio, marcado como um estigma, vai sentir dor pra sempre, por causa de uma mina
Contamina os pensamentos, o espirito enfraquece, lentamente se afunda, no abismo das pestes
Acuado como rato, com medo do afeto
Sobraram as migalhas, os lixos e os restos
Os restos do meu coração, só os cacos espalhados, e no espelho eu vejo meu reflexo todo zuado.
O rosto abatido, com os olhos vazios, fico me perguntando tiu, o que que a vida fez comigo?
Aquele eterno vazio, que não preenche nem fodeno, só quem já sofreu, sabe o que eu tô dizendo