Outra história desconcertante
No quando dos desvarios,
tão somente os meus vazios,
faço por onde preencher.
No tanto que correm os rios,
por meus abismos sombrios
vejo a luz distante, fenecer...
De quantas solidões as saudades esparsas?
De quantos desencontros as tantas farsas?
Dessas tantas realidades, o que pode acontecer?
Desmancho os véus da iniquidade subtraída
no romper dos desmandos da própria vida
não há mais o que ganhar ou o que perder.
Consumada outra história desconcertante,
numa eternidade onde o que vale é o instante
aos poucos acaba o que deixa de ser...