Alicerces de um atormentado
Luzes que me iluminam
Sol que me aquece
Corpo que em mim padece
Alma que de mim foge
Sonhos que se foram
E lagrimas que se derramaram
Aos covardes e aos corajosos
Meu desagrado meu desafogo
Nas chamas me lançarei
Nas aguas me afogarei
Desumana é a humanidade
Por viver de porfias verdades
Enclausurado no capitalismo socialista
Me contento em ouvir um soneto
Para que minha alma fugitiva, volte.
E que meu corpo decomposto, viva!
E que minhas lagrimas derramadas sessem
Saborear a tristeza em prantos
Me deitar no chão e dedicar meu canto
Aos fracos e apaixonados me aglomerar
E ali fazendo um coro de solitários
Todos notórios por amar o que não tem apreço
E fazendo daquele soneto
Rastelo de minha alma de minha cama
Para que em afagos de dores
Eu possa ali me acorrentar
E viver a eterna desventura de sofrer