Tartaruga
Como tartaruga marinha
Vivendo num mar de dor
Passo os meus dias submerso
Às vezes emergindo pra respirar
Ilhas de felicidade existem
Onde deposito meus sonhos em ovos
Frágil casca de fé que os envolve
Mal suporta o peso da areia
Nas ilhas de felicidade predadores há
Sinto seus olhos em meu casco
Mergulho sem saber se voltarei
E se voltarei, quando?
Almejo habitar na ilha
Longe das garras opressoras, do mar de dor
Ver meus sonhos romperem a fé
E correrem pra mim como a onda corre pra praia
Quero poder me aquecer ao Sol
E esquecer o mar que me afoga
Mas sem ele nada tenho
Ou há esperança além das ondas?