Vou matar-me.
Vou matar-me.
com três ou quatro canetadas,
assassinando o texto,
para depois sepulta-lo;
em um canto qualquer de página.
Vou matar-me.
E não aceito o vosso apelo frenético.
As poucas e boas palavras,
escritas e não lidas,
ditas e não ouvidas... Silenciarei!
Serei meu próprio carrasco,
sob os holofotes de tua hipocrisia.
Perdoem-me Bilac e Castro Alves,
mas caberá a Machado a honra de marginalizar;
minha exausta veia literária.
Prosaicamente amargando meus versos,
sadicamente torturando todas as rimas,
sem o lirismo, serei sucinto;
meus rabiscos pouco valem.
Poesia ou Prosa lírica? Vou matar-me!