Acasos de mim
Sinto-me engasgar, necessidade de gritar,
colocar para fora o que não seguro.
Descer de uma vez de cima desse muro,
onde escorracei minhas dores com sovas contínuas
e tantos dissabores sangraram em mim.
Malditas horas em que amarguei a desilusão,
desmereci o verdadeiro amor, cultuei o não.
Fui servil a quem nada serve e tudo toma!
Senhor de tempo nenhum, centurião fora de Roma,
perdido nos descasos de outra conquista,
sem mais nada à vista, ou a prazo.
Outro mero e inexpressivo caso...
Fui, tenho sido e serei.
Acaso do que não sei...