O FUTURO
O futuro veste-se com roupas que não consigo ver
Identificar suas linhas, suas nuances
Perceber se são como o orvalho, delicadas
Ou turvas , disformes ao meu olhar
Sinto ser silêncio percebido, inegável
Escuridão em sua fragilidade infinita
Versejando a tristeza,
Incerteza impagável
Quiçá, seja um castelo assombrado
Ou, inexista
Quisera que fosse uma luz branca
Uma respiração de paz, construção feliz
Algo magnânimo, abençoado pelos Céus
Onde os pés flutuassem,
E a energia conduzisse
A graciosidade do eterno, voz franca
Onde o amor fosse a digital
Florescente em meu coração
Vívida, inerente ao ser, especial
Perdurasse, não aturasse,
Como em tradição
Um jardim multiplicado por felicidade
Com umas perdas diárias da diversidade da flora
Por falta de água e do cultivo da terra
Vislumbrando sua ressurreição, contudo, em vão
Eis que, nada sei do futuro, uma real incógnita!