NO TARDAR DA DESILUSÃO

Não era somente aquele mar de acontecimentos

a tomar as areias de nossos castelos, fazendo tudo ruir.

Nem mesmo as promessas que não foram cumpridas,

enquanto ela se distraia, deixando o tempo fluir.

Não eram as noites vazias de estrelas, sem nenhum luar,

revelando a solidão, na ausência, em ocasiões tão frequentes.

Nem mesmo os sumiços ocasionais e as tantas evasivas,

ou os silêncios que traziam as respostas mais eloquentes.

Não era o que eu pensava, quando o dia amanheceu

e as ondas incessantes molharam meus pés com alguma razão.

O que foi, sob o céu azul de pensamentos turvos e nebulosos,

era apenas a tempestade se formando, no tardar da desilusão.

COSTARELLI
Enviado por COSTARELLI em 26/06/2017
Reeditado em 26/06/2017
Código do texto: T6037939
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