DEVANEIOS!

Sentindo-me desnudo de amor e paz!

Busquei vestir-me do entardecer daquele olhar.

E na penumbra da minha falta de juízo,

acreditei que sim, ao sonhar de paixão,

num destes "de repentes" às margens do meu casulo triste!

Segui para a sua luz e passei a esperançar seu maior brilho,

mas acabei por me perder na escuridão que havia dentro dele.

Já cansado da avidez de mil beija-flores, me balancei da copa ao caule da alma. Procurei bater minhas asas para a liberdade do meu reduto,

mas já era tarde demais. Então percebi que já não cabia em mim e,

fiquei ali... do lado de fora da alma.

Havia ganhado outros vazios.

Teodoro Poeta
Enviado por Teodoro Poeta em 24/06/2017
Código do texto: T6035828
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