Ingratidão
Um dia saberás ingrato,
Para teu humano assombro
O quanto te amei a cada dia e hora
Com o roer das velhas chagas dolorosas,
Verás o quanto amor eu dei-te
E mesmo não sendo amado amei-te.
E viverei, saiba disso, ingrato,
Até o momento em que verei
Tu verteres lágrimas de pesar:
Pelos beijos que não me deste
As carícias que esperei e não fizeste
As rosas que não trouxeste
As palavras doces que não disseste.
Um dia sofrerás ingrato,
Para teu humano assombro
Toda minha dor e pesar
Quando outra tu amares
E contigo não se importarem
Quando não te amarem e tu amar
Tu provarás tudo isso, ingrato
Antes de tu morreres
Muitas lágrimas verterás:
pelos beijos que não te derem
As carícias que esperares
As rosas que não te trouxerem
As palavras doces que não te disserem.