Desilusão

Veja bem, eu prometi ser seu par

Mas nunca prometi não me amar

Tenho a coragem da mata fechada

Se sou magoada sigo a jornada

Entre alas floridas e ramos de urtiga

Andamos na vida desde a partida

Aprendemos a cada curva da estrada

Provamos o mel e a cidra amarga

Então não espere de mim a derrota

O amor some quando o egoísmo brota

Se nossos interesses se conflitarem

Buscarei perfume em outras aragens

Não há tormenta sem haver abrigo

A gente reinventa e foge do perigo

Meus versos imprecisos e tristonhos

Refletem a ilusão, morte de um sonho