COISAS DO DESTINO
Porque neste exato momento, em mim.
Não consigo me separar das magoas.
Soluços há em meu ego. Será o fim?
Pois não consigo isolar-me desta trégua.
Sonhar acordado eu nunca quisera
Mas esta característica comigo perdura
E, sonhei por uma coisa que eu não fizera.
Mesmo que em mim tu pensas e tens amarguras.
Somos diferentes em tudo que agimos
Talvez por não tenta-las compreende-las.
Pois de tudo que queremos fugimos
E neste ato do cenário fui perdê-la.
Cesse neste momento este meu sonho.
Já que as lágrimas secaram na face
Este meu querer foi desfeito e fiquei atento
Por conformar-me por este nosso desenlace.
Mas, dentro de mim, fica o desenlace do desatento.
Fazer o que? Nada mais posso fazer
E, longe de mim, pensava que esqueceria.
Mas foi o contrario, pois sinto ainda você.
Assim como sentindo, você, talvez estaria.
Nosso sonho foi único e ao tempo desfeito
Eu não queria e foi você que assim o quis.
Deixe então em paz o meu amor imperfeito
E, deixa-me viver alegre e feliz.
Tentarei com o tempo esquecer de tudo
Pois foi um sopro do destino tudo o que passou.
Mas também foi a coisa mais bonita e não me iludo
Pois, momentos felizes, entre nós também ficou...
[Poema resgatado de 1979]