Fantasmas e copos
Hoje, darei folga ao fígado,
não beberei,
calado, no canto daquele bar,
ficarei.
Hoje, não comemoro nada além
da dor
que ora se instala no lugar
do amor.
Hoje, deixo prá quem quiser,
copos e vinhos
e guardando tamanho desamor,
fico sózinho.
Que se bebo, me embriago,
fico chato e então choro;
fantasmas prá mesa trago
e triste, tua volta imploro.