Poesia de Quinta
Pela janela da memória,
por onde frio o vento sopra.
O que trará a um coração vazio?
O que fará à uma mesa posta?
Incansável.
Com um estridente grito,
um conselheiro amigo,
mas desagradável,
após percorrer os cômodos de minha casa
e vasculhar gavetas, livros e panelas,
da porta diz:
ela não veio!
Naquela noite ele acertou.
Naquela noite, mais do que em outras,
pensei, na inquestionável verdade do vento.