Condenado

Estou condenado a sentir o teu gosto,

E lembrar do teu cheiro,

A te querer sem ter,

A te tocar sem penetrar,

A te olhar com emoção,

E ter a certeza,

Que o nó na garganta,

Vai sempre perdurar.

Estou condenado,

A um eterno porque,

Uma falta que não cessa,

A deseperança da ausência,

Ao arrependimento irrelevante,

A esse silêncio gritante,

Que agora me devora.

Condenado a lutar contra mim mesmo,

Aceitando essa penitência,

De um escolha tão errada,

Feita no escuro,

Restou-me esse muro,

De onde olho pra você.