UMA TRISTE HISTÓRIA DE PAIXÃO

Olhos que não querem enxergar;

A verdade que se encontra pelo horizonte;

Uma vida perdida pela vaidade jovial;

Em meus anos de vida como um menino;

Que se apaixonou facilmente;

E se encantou com a beleza reinante;

Da garota que o esperava no refeitório da escola;

Aquele sorriso encantador daquela bela jovem;

Seus traços exóticos e juvenis;

Era parecia autêntica para uma moça adolescente;

O que um menino deve fazer;

Quando está apaixonado?

Ela era a menina de meus olhos;

Ela era meu sonho em vida;

Uma dádiva para este pobre rapaz.

Passou-se meses e até anos;

Ela continuava com aquele sorriso;

Com seu olhar sempre exótico;

Suas mãos segurando as minhas;

Seu carinho mesmo que simbólico;

Tocava o meu coração que já era dela;

Mesmo que ela não me beijasse;

Mesmo que seus defeitos viesse a tona;

Eu estava encantado e não poderia voltar;

Mesmo que isto fosse o caminho para o abismo;

Eu iria até o fim, meu amor era cego;

Pouco me importava as consequências;

Um encanto era vê-la todos os dias;

Mesmo que procurasse fugir de minha presença;

Eu a queria mesmo que fosse por um segundo.

Os tempos transcorrendo em meio ao encanto;

Ela não sorria só para mim;

Os outros jovens também a tocavam;

Ela os beijava em minha frente;

Ela era fácil demais para eles;

Ela só me iludiu com aquele sorriso;

Eu esperando algo concreto;

Sempre acreditando que o amor iria acontecer;

Mesmo que o carinho era algo insuficiente;

Como a água de uma cachoeira;

Que refresca as ideias no amanhecer;

Ela pouco se importava comigo;

Não era amor que ela sentia por mim;

Era escárnio, era tudo, menos amor;

Mesmo com tantas feridas em meu pobre coração;

Me arrastei em seus pés;

Gritei por seu nome;

Mas ela sempre sorrindo para os outros;

Nas festas se entregando a boemia;

Não que ela esteja errado;

Mas meu coração se estraçalhava;

A vendo nos braços de outros;

O seu belo corpo colado com outros rapazes;

Ela sorria diante de mim;

Seu escárnio defronte ao meu coração ferido;

Lágrimas de sangue;

Em minha sofrida face.

Maldito seja os amores da juventude;

Maldito seja o falso encanto;

Uma juventude inteira acreditando;

Na beleza de uma bela jovem;

Estou me jogando no vale das eternas feridas;

Não preciso mais me apaixonar;

O amor só me trouxe profundas feridas;

Elas resistem em cicatrizar;

Não quero mais saber de sua existência;

Que ela continue em sua boemia;

E eu preso em meu eterno silêncio;

Estou enxugando as lágrimas que escorreram;

De minha sofrida face;

Talvez seja meu exagero;

Mas meu coração está em pedaços;

Procuro paz para meu destino;

Sem planos para o futuro;

Tento seguir em frente;

Apagar marcas deste sofrido passado;

Sem resistência para o amanhã;

Assim vivo, assim viverei.

RAFAEL BIANCHETTI
Enviado por RAFAEL BIANCHETTI em 30/04/2017
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