ELE A AMAVA

Ali estava sua dama

Estranha a qualquer sorriso de antes

Deitada e ainda sim ofegante

Exausta de uma forma confortante

Repousada em êxtase

A sua dama deslumbrante

A sua dama

Estranha... Exausta de amor

O mesmo que tanto tempo desejou

Até ignorou, mas se arrependeu

Estava vermelha como a echarpe que no chão jogou

E que ali esqueceu

A sua dama

Vermelha de amor, ela repousava

E amanhã partiria

E ele pensava que nunca mais iria vê-la

Seu corpo era o que ela desejava

O lixo de sua paixão a acalentava

Ele queria esquecê-la

Porém, ele a amava

A sua dama

De uma estranha paixão que o dominava

E ele a olhava exausta, na cama, ao lado de uma flor

Vermelhas como sua feição

O corpo daquela dama era a cura de seu antigo amor

O amor que encontrava na solidão

Sua dama partiria

Satisfeita com mais uma noite de prazer saciado

Onde seu desejo era atendido

E por ele somente era observado

Que só sabia seu corpo entregar

Que só sabia aquela estranha dama amar

Ele se entregava

Ele a amava