Sentido Remoto

Sentido Remoto

Nesse meio tempo ando percebendo

E assim tem acontecido

Falando para as paredes

Nuas, cruas e frias

Sem ouvidos e sentimentos calorosos

Enquanto lá fora, somente lá fora chove

Choca-se o calor com a água da chuva

Feitos lágrimas espremidas do algodão

Que acabara de enxugar ferimentos

Ao som de Engenheiros do Hawaíí

E assim a vida continua a fluir

Em meio a tanta abstração filosófica

Ainda que alheia em vários parâmetros

Ensaios ditos confusos,

Mas com alto teor lógico de corrente

Presa a cada gomo de ferro

De forma distinta a se desdobrar

E o vazio humano por horas permanece

Outrora passa e "regaça"

Trazendo amor, coragem e raça

Ao passo que os sentimentos transbordam

Na imensidão silenciosa do vazio exterior

Pois é de fora que se chove

É de fora a exposição da ferida

Na relação com o outro

O nó interno é o emaranhado de sentidos

Dados como arquivos

Em partes morto,

Absorvidos e processados

Levando a loucura do que é sentir

Sem programar a hora de parar

Pois é instinto,

É o natural

O sofrer se transfigurar para um algo melhor

Em algum momento a transição acontece

E a vida só pede para que ninguém enlouqueça

Uma vez que é na loucura que se perde...

Driiyh Santos

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